InícioDestaqueDepois dos 59: Nenhum Reajuste por Idade. Ponto.

Depois dos 59: Nenhum Reajuste por Idade. Ponto.

A legislação é clara — e a SIM cumpre integralmente

Nas últimas semanas, circularam interpretações equivocadas — inclusive em grupos de advogados — afirmando que planos de saúde não poderiam aplicar “qualquer” reajuste após os 60 anos. Isso é falso. A lei é clara: o que é proibido é o reajuste por mudança de faixa etária, não os reajustes anuais de manutenção.

A SIM já cumpre isso na risca há muitos anos: depois dos 59, nenhum beneficiário recebe aumento por idade. Nenhum. Reforçamos, portanto: somos uma autogestão sólida, transparente, fiscalizada mensalmente por nossas patrocinadoras e pelos Conselhos, e que respeita integralmente cada linha da legislação.

Informação correta protege o beneficiário. Desinformação, não. A SIM segue no caminho da verdade, da transparência e do respeito ao idoso.

 

A SIM – Caixa de Assistência à Saúde – é hoje um exemplo de gestão com extraordinária resiliência e maturidade emocional. Em 2021, a instituição enfrentou o maior desafio de seus 39 anos de história: um patrimônio líquido negativo superior a R$ 6 milhões e um déficit de mais de R$ 16 milhões no exercício.

Graças à união e ao esforço de todo o Time SIM – colaboradores, gerentes, diretoria, conselhos e patrocinadoras –, essa situação foi revertida em tempo recorde, mesmo em meio à pandemia de COVID-19 e a uma complexa virada de sistema que exigiu inúmeras horas extras de trabalho e muito desgaste emocional. Esse período de três anos foi mais intenso do que as três décadas anteriores, mas forjou uma equipe muito mais qualificada e unida. Hoje, prestes a completar 40 anos, a SIM ostenta números invejáveis comparados àquele tempo e está preparada para encarar os próximos 40 com a mesma energia de quando nasceu.

Alfeu Luiz Abreu,
Diretor Executivo da SIM

Confira uma entrevista com o Diretor Executivo da SIM, Alfeu Luiz Abreu:

Pergunta: Diretor, a SIM passou por uma transformação impressionante nos últimos anos. Como foi possível superar a crise de 2021 e dar essa verdadeira virada na instituição?

Alfeu Luiz Abreu: Não foi fácil. Em 2021, nos deparamos com um patrimônio líquido negativo superior a R$ 6 milhões e um déficit de mais de R$ 16 milhões, a situação mais delicada da nossa história. Tivemos que encarar esse desafio em pleno pico da COVID-19 e durante uma migração de sistema interna extremamente trabalhosa – fatores que testaram a coragem e a maturidade emocional de todos os gestores, colaboradores, diretores e conselheiros. O que fez a diferença foi a união do nosso time e o apoio incondicional dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e das Patrocinadoras, especialmente o Banco do Brasil. Implementamos uma nova forma de gestão, com medidas duras, porém necessárias, sempre focadas na eficiência e no equilíbrio financeiro. Aos poucos, os resultados foram aparecendo. Hoje podemos dizer com orgulho que aquele desafio nos deixou mais fortes: a SIM se reergueu e se transformou, pronta para um futuro ainda melhor.

Pergunta: Um dos pontos que muitos beneficiários questionam é o reajuste por faixa etária. Como a SIM lida com os aumentos relacionados à idade, especialmente para os associados idosos?

Alfeu Luiz Abreu: Lidamos com muita responsabilidade e total respeito à legislação brasileira de saúde suplementar. De acordo com o Estatuto do Idoso e a Resolução Normativa ANS nº 563, nenhum plano de saúde pode aumentar a mensalidade por motivo de idade a partir dos 60 anos. Por isso, nossa tabela de contribuições prevê a última faixa etária em 59 anos ou mais. Ao completar 59 anos, o beneficiário atinge essa faixa máxima, e daí em diante não há nenhum acréscimo na mensalidade motivado por idade. Essa prática está 100% de acordo com as regras da ANS, que padronizou exatamente as faixas etárias até 59+. Depois dos 59 anos, respeitamos rigorosamente o direito do idoso: não existem “trocas de faixa” com aumento de preço. Qualquer reajuste aplicado para quem tem 60 anos ou mais não tem relação com idade, apenas com os reajustes gerais anuais permitidos por lei. Em suma, o idoso na SIM tem a garantia de que não pagará a mais por causa da idade avançada.

Pergunta: Mesmo sem aumento por idade após os 59 anos, os planos de saúde costumam ter reajustes anuais. O que a SIM tem feito para controlar esses reajustes e manter as contribuições acessíveis?

Alfeu Luiz Abreu: Nosso compromisso é aplicar os menores reajustes possíveis a cada ano, buscando sempre o equilíbrio entre a sustentabilidade do plano e a capacidade financeira dos nossos beneficiários. Por sermos uma autogestão sem fins lucrativos, conseguimos operar com custos bem ajustados. Inclusive, mantemos nossos planos de saúde a preços mais acessíveis que a média do mercado – cerca de 30% a 50% inferiores aos dos planos comerciais, considerando coberturas equivalentes. Isso é possível porque não temos lucro distribuído a acionistas; todo recurso é reinvestido na assistência à saúde dos próprios participantes.

Além disso, nosso modelo de autogestão permite uma gestão mais eficiente e focada no bem-estar do beneficiário. Tomamos várias medidas concretas para segurar gastos e evitar aumentos desnecessários. Priorizamos programas de prevenção e qualidade do cuidado, negociamos fortemente com prestadores e eliminamos desperdícios. Ano a ano, analisamos detalhadamente os custos do plano e atuamos para que o reajuste anual seja apenas o mínimo indispensável. Não fazemos reajustes além do necessário porque conhecemos nossos beneficiários e suas realidades. Sabemos que grande parte deles são aposentados ou pessoas de renda limitada, então temos a responsabilidade de equilibrar as contas sem sobrecarregar ninguém. Cada economia que conseguimos, cada negociação bem-sucedida com hospitais, cada programa de saúde preventiva implementado tem um único objetivo: evitar reajustes maiores e manter o plano acessível a todos. Quando reduzimos desperdícios e aumentamos a eficiência, o beneficiário sente no bolso – com mensalidades mais justas – e na qualidade do atendimento.

Pergunta: Transparência também parece ser um pilar importante na SIM. Como os beneficiários e patrocinadores participam da gestão e das decisões da entidade?

Alfeu Luiz Abreu: Prezamos por uma gestão transparente e participativa. Isso significa que o beneficiário tem o direito de saber para onde vai cada recurso e como as decisões são tomadas. Temos Conselhos Deliberativo e Fiscal muito atuantes, com representantes comprometidos em fiscalizar e orientar nossas ações em benefício do coletivo. Nossa principal Patrocinadora, o Banco do Brasil, participa ativamente da governança: a presidente do nosso Conselho Deliberativo, por exemplo, é indicada pelo BB, e o Banco realiza auditorias internas periódicas na SIM para assegurar as melhores práticas de gestão. Essa parceria com o patrocinador não é apenas financeira; ela nos traz cooperação na gestão corporativa e garante que seguimos padrões rigorosos de governança. Não temos nada a esconder – pelo contrário, buscamos sempre melhorar com apoio e fiscalização externa.

Adotamos um modelo de governança aberto e inclusivo, em que os beneficiários também têm voz por meio de seus representantes (conselheiros eleitos). Seguimos à risca as boas práticas de autogestão recomendadas pela UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), como prestação de contas periódica, participação ativa dos beneficiários nas decisões estratégicas e adoção de princípios de integridade e eficiência. Divulgamos relatórios regularmente, ouvimos sugestões dos associados e até constituímos Comitês de Beneficiários Ativos e de Aposentados para ampliar essa participação. Tudo isso faz com que nossas decisões – inclusive sobre reajustes – sejam sempre embasadas em critérios técnicos e legais, visando o equilíbrio do plano sem sobrecarregar o bolso do associado.

Pergunta: Nos últimos anos, a SIM investiu bastante em programas de saúde e prevenção. Poderia nos dar exemplos de iniciativas que contribuem para a qualidade assistencial e também ajudam a controlar os custos?

Alfeu Luiz Abreu: Sem dúvida. Um dos pilares da nossa estratégia para melhorar o serviço e controlar despesas é investir em prevenção e atenção à saúde. Nos últimos anos, implementamos programas de cuidado para beneficiários com doenças crônicas e ampliamos o acesso à Atenção Primária à Saúde (APS). Em 2025, unimos forças com outras autogestões aqui de Santa Catarina – Celos, EloSaúde e Casacaresc – para inaugurar a primeira Clínica Compartilhada de APS no estado, voltada aos nossos beneficiários. Nesse modelo inovador, o atendimento foca na prevenção, no acompanhamento contínuo e na criação de um vínculo duradouro entre a equipe de saúde e o paciente.

A clínica de APS conta com equipe multidisciplinar (médicos de família, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, etc.) e capacidade para centenas de atendimentos mensais, presenciais e por teleconsulta. Com a atenção primária como porta de entrada, a maioria dos problemas de saúde pode ser resolvida de forma rápida e humanizada, evitando encaminhamentos e procedimentos desnecessários. Isso traz vários benefícios: reduz filas e idas desnecessárias a prontos-socorros; garante que o beneficiário se sinta acolhido e monitorado de perto; e diminui custos para o plano ao evitar agravamentos de doenças. Em suma, cuidar melhor da saúde hoje significa economizar amanhã, pois a prevenção e o acompanhamento contínuo evitam despesas maiores no futuro. Essa iniciativa pioneira, inspirada – primeira em nossa Policlínica dos anos 80 – e, recentemente, em experiências de sucesso do NHS britânico e do sistema de saúde português, reforça nosso compromisso em prolongar a vida de todos de forma saudável e sustentável.

Pergunta: E, olhando para o futuro, ouvimos falar que a SIM pretende lançar um novo plano de saúde mais acessível, apelidado de “Plano Enfermeira”. O que pode nos adiantar sobre essa novidade?

Alfeu Luiz Abreu: Esse é um projeto empolgante em estudo. Graças à solidez financeira que reconquistamos, estamos planejando inovar e ampliar nosso atendimento com uma opção de plano mais acessível. Se tudo der certo, em 2026 vamos lançar um novo plano alternativo, provisoriamente chamado de “Plano de Saúde Enfermeira”. A ideia é oferecer um plano com custo menor, mas mantendo um atendimento de qualidade, baseado na Atenção Primária. Em vez de o beneficiário já ir direto a especialistas ou hospitais, ele terá um modelo de cuidado personalizado e orientado pela equipe de enfermagem e medicina de família. Na prática, vamos aproveitar a estrutura das clínicas de APS parceiras: o beneficiário desse plano terá acesso facilitado a essas clínicas para consultas iniciais, recebendo atendimento rápido e humanizado. Se houver necessidade de um especialista ou exame de alta complexidade, a própria SIM fará o encaminhamento e coordenação de todo o cuidado.

Esse modelo busca unir custo acessível com qualidade, garantindo que, mesmo pagando menos, o beneficiário não abra mão de um acompanhamento próximo da sua saúde. A maioria dos problemas de saúde poderá ser resolvida na própria clínica de família/enfermagem, num ambiente acolhedor, acionando hospitais apenas quando necessário – o que agiliza o tratamento e reduz custos. Com isso, esperamos desafogar a rede credenciada, evitando sobrecarga nos pronto-atendimentos, e fortalecer ainda mais a medicina preventiva dentro da SIM. Em resumo, o “plano enfermeira” será uma alternativa vantajosa para quem deseja economizar sem abrir mão de um atendimento de qualidade e personalizado, tudo dentro de um plano regulamentado pela ANS. Vale destacar que, por ser um plano regulamentado, os beneficiários terão a segurança de contar com todas as coberturas obrigatórias e atualizações determinadas pela ANS – diferentemente de planos baratos não regulamentados que existem no mercado. Assim que finalizarmos os estudos e obtivermos aprovação dos órgãos competentes, divulgaremos todos os detalhes aos nossos beneficiários.

Pergunta: Hoje a SIM apresenta resultados impressionantes. Quais indicadores mostram essa evolução e o que eles representam para a instituição?

Alfeu Luiz Abreu: Com muito trabalho, conseguimos reverter aquela situação difícil e nos tornamos atualmente uma das autogestões de melhor desempenho do país em qualidade de atendimento e resultados operacionais. Adotamos princípios sólidos de governança e uma visão estratégica de longo prazo, o que nos permitiu alcançar eficiência administrativa, equilíbrio atuarial e excelência assistencial. Os frutos já aparecem nos indicadores: a SIM foi classificada na Faixa 1 de Excelência da ANS no monitoramento de risco assistencial e obteve conformidade integral nas auditorias regulatórias recentes. Além disso, neste ano alcançamos a maior nota do IDSS dos últimos anos: 0,87, numa escala em que 1 é a pontuação máxima, um marco que reforça a evolução contínua da instituição em qualidade, sustentabilidade e boas práticas de gestão. Outro ponto relevante é que temos o PROMOPREV cadastrado na ANS, o que evidencia e certifica as boas práticas da SIM em promoção da saúde e prevenção de doenças, reforçando nosso compromisso com um modelo assistencial responsável, moderno e orientado ao cuidado. Do ponto de vista financeiro, os resultados também são claros. Mesmo com uma carteira envelhecida (mais de 55% dos nossos associados têm 59 anos ou mais), conseguimos nos últimos anos manter superávit operacional, recompor nossas reservas e exceder a margem de solvência exigida pela ANS. Ou seja, a SIM hoje é uma autogestão saudável e equilibrada financeiramente, capaz de honrar seus compromissos e preparada para o futuro. No relatório mais recente da ANS sobre resultados das operadoras, figuramos entre as melhores do país na nossa categoria – fomos a 6ª melhor operadora em resultado operacional. Esse reconhecimento externo comprova o esforço de recuperação que fizemos. E nada disso teria sido possível sem a confiança das patrocinadoras, a dedicação da nossa equipe Time SIM e a gestão responsável que praticamos diariamente.

Pergunta: Por fim, que mensagem o senhor gostaria de deixar para todo o time da SIM, os patrocinadores e os beneficiários, depois de toda essa jornada e já nos preparando para o 40º aniversário da entidade?

Alfeu Luiz Abreu: Primeiro, quero enfatizar que todo esse avanço foi resultado de um trabalho coletivo. Aqui adotamos como lema que “um nada faz; é o conjunto que constrói e administra”. Cada colaborador da SIM, cada conselheiro, cada patrocinador e cada beneficiário engajado fez parte dessa conquista. Transparência, responsabilidade e união são os princípios que nos guiam diariamente, e essa união foi realmente fundamental para a grande mudança da SIM. Meu muito obrigado a todos do fundo do coração – somos verdadeiramente um time.

Em segundo lugar, reforço que a SIM existe para servir aos seus beneficiários. Conhecemos de perto nossas famílias, colegas aposentados e ativos, e por isso fazemos diferente das operadoras comerciais. Quando recebemos um pedido de procedimento médico, buscamos uma forma de autorizá-lo dentro do que é legal, enquanto muitas empresas por aí procuram um motivo para negar – essa é uma diferença abissal no nosso jeito de cuidar. Seguiremos firmes, cumprindo tudo o que a lei determina na risca e indo além, inovando com iniciativas pioneiras para melhorar a saúde e preservar o orçamento de cada associado. Podem contar conosco – juntos somos mais fortes, e juntos construiremos um futuro de saúde mais acessível, preventiva e de qualidade para todos. Muito obrigado pela confiança de sempre!

 

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