InícioDestaqueGovernança, sustentabilidade e excelência assistencial: a jornada da SIM para o futuro

Governança, sustentabilidade e excelência assistencial: a jornada da SIM para o futuro

Alfeu Luiz Abreu,
Diretor Executivo da SIM

Nos últimos meses, a SIM – Caixa de Assistência à Saúde protagoniza uma trajetória de maturidade institucional e transformação no universo das autogestões em saúde no Brasil. Amparada por princípios sólidos de governança, visão estratégica de longo prazo e um compromisso inegociável com a qualidade assistencial, a Instituição alcançou marcos que comprovam sua evolução: eficiência administrativa, equilíbrio atuarial e respeito à vida e à confiança dos seus beneficiários.

Sob a liderança do Diretor Executivo Alfeu Luiz Abreu e com apoio do Conselho Deliberativo, da fiscalização do Conselho Fiscal e em especial, da dedicação e competência dos seus Gerentes, a SIM atingiu resultados emblemáticos. Foi classificada na Faixa 1 – Excelência no Monitoramento de Riscos Assistenciais (4º trimestre de 2024) e obteve conformidade integral no Relatório de Procedimentos Previamente Acordados (PPA), conforme a RN nº 518/2022 da ANS.

Esses resultados não são fruto do acaso, mas da construção contínua de uma cultura institucional baseada na integridade, inovação e responsabilidade coletiva.

A seguir, o Diretor Executivo compartilha sua visão sobre os recentes avanços da SIM, os desafios superados e o futuro que se desenha para a Instituição.

Resultados regulatórios e impacto assistencial

1 – Diretor, o que representa para a SIM a conquista da classificação “Faixa 1 – Excelência” no monitoramento de riscos assistenciais no 4º trimestre de 2024?

Alfeu Luiz Abreu: Essa conquista representa o reconhecimento da maturidade da nossa gestão assistencial – uma equipe voltada para a manutenção da vida. É fruto de um esforço coletivo e de um modelo que valoriza a qualidade, o cuidado contínuo e o uso estratégico da informação. Essa equipe é obstinada pelo nosso propósito: “alongar a vida das pessoas de forma saudável”.

2 – Quais fatores contribuíram diretamente para essa pontuação de destaque, especialmente na dimensão assistencial, que obteve nota 1,000?

Alfeu Luiz Abreu: Sem dúvida, o Promoprev teve papel fundamental, assim como o empenho técnico da equipe médica e de gestão, que acompanha de perto os desfechos clínicos e os indicadores de desempenho.

3 – Como esse resultado impacta a percepção dos beneficiários e das patrocinadoras em relação à sustentabilidade da SIM?

Alfeu Luiz Abreu: Mostra que é possível fazer uma gestão de saúde com qualidade e responsabilidade. Gera confiança e fortalece nosso compromisso com todos os que fazem parte da SIM.

4 – Quais foram os principais desafios enfrentados pela gestão assistencial para alcançar esse patamar de excelência?

Alfeu Luiz Abreu: Enfrentamos o desafio de equilibrar custos e ampliação da cobertura, sem abrir mão da segurança do cuidado. A judicialização e a incorporação de novas tecnologias também exigem atenção constante.

5 – Ainda sobre esse tema: que ações de Eficiência e Redução de Desperdícios estão sendo tomadas, de fato, para evitar reajustes maiores? 

Alfeu Luiz Abreu: Para que a constituição dessa reserva não gere impacto direto nas contribuições mensais, é fundamental atuar na gestão da eficiência assistencial e da sinistralidade. A SIM já iniciou um ciclo de ações integradas nesse sentido, como:

  • Revisão de protocolos assistenciais e autorizações prévias, com foco na medicina baseada em evidência;
  • Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), com ampliação da Clínica de Saúde Integral;
  • Monitoramento proativo de crônicos e pacientes de alto custo, evitando internações desnecessárias;
  • Utilização de ferramentas de auditoria médica;
  • Incentivo ao uso das consultas online, acompanhamento virtual e canais digitais de atendimento.

6 – O que a SIM está fazendo para o engajamento dos Beneficiários em termos de: Educação em Saúde e Consumo Consciente? 

Alfeu Luiz Abreu: A sustentabilidade da SIM também depende do comportamento colaborativo dos próprios beneficiários, razão pela qual ações de educação em saúde têm sido priorizadas:

  • Estímulo ao uso racional do plano, evitando consultas e exames desnecessários;
  • Participação em programas de prevenção e promoção da saúde, com foco em doenças cardiovasculares, metabólicas e saúde mental;
  • Adoção de hábitos saudáveis e melhor acompanhamento da própria saúde.

7 – A SIM já vislumbra novos avanços a partir dessa base de excelência? Que metas podem ser consideradas para 2025?

Alfeu Luiz Abreu: Vamos avançar no monitoramento preditivo de riscos, aperfeiçoar o modelo de atenção primária e explorar novas formas de engajamento com os beneficiários por meio da tecnologia.

Governança regulatória e a RN nº 518/2022

8 – A SIM também alcançou conformidade plena no relatório de procedimentos previamente acordados (PPA) exigido pela RN nº 518/2022. O que esse marco representa para a governança da entidade?

Alfeu Luiz Abreu: Representa a consolidação de um modelo institucional comprometido com a transparência, a responsabilidade e a solidez regulatória. Estar em conformidade com a RN 518 nos posiciona como referência no setor.

9 – O relatório foi validado por auditoria independente. O que esse tipo de avaliação externa agrega à credibilidade institucional da SIM?

Alfeu Luiz Abreu: Agrega isenção, segurança e credibilidade. A validação independente mostra que seguimos padrões elevados e que nossa governança é auditável e confiável.

10 – A RN nº 518 é facultativa ou é obrigatória? É necessário cumpri-la integralmente?

Alfeu Luiz Abreu: A RN nº 518 é uma norma obrigatória. No entanto, ela estabelece tratamento diferenciado conforme o porte da operadora, com base no número de beneficiários: (1) Pequeno porte: até 20 mil beneficiários; (2) Médio porte: de 20.001 a 100 mil beneficiários; (3) Grande porte: acima de 100 mil beneficiários. A SIM, com menos de 20 mil vidas, é classificada como operadora de pequeno porte. Isso não a isenta do cumprimento da norma, mas permite que algumas exigências sejam aplicadas de forma simplificada, especialmente no que se refere aos indicadores de monitoramento econômico-financeiro e assistencial.

Ainda assim, por acreditarmos em uma gestão pública de excelência, estamos nos antecipando e nos estruturando para atender às exigências previstas para operadoras de médio porte. Esse posicionamento reflete o compromisso do time SIM com a qualidade, a responsabilidade institucional e a visão de crescimento sustentável.

Sustentabilidade patrimonial e projeção de futuro

11 – Diretor, como o senhor avalia a evolução do patrimônio social ajustado da SIM, que ultrapassou os R$ 58 milhões no final de 2024?

Alfeu Luiz Abreu: Essa evolução reflete a disciplina na gestão orçamentária e o compromisso com a sustentabilidade. Mesmo com uma carteira envelhecida e aumento nas despesas assistenciais, conseguimos manter superávit operacional, recompor reservas e manter margem sobre o capital regulatório exigido pela ANS. Essa trajetória é fruto da confiança das patrocinadoras, da eficiência da equipe e da governança responsável que praticamos.

12 – As últimas avaliações apontam aumento da frequência e do custo médio de procedimentos assistenciais, especialmente em exames, terapias e internações. Como a SIM está equilibrando esse crescimento com a sustentabilidade financeira?

Alfeu Luiz Abreu: A chave está no planejamento. Implantamos monitoramento preditivo, aprimoramos a Atenção Primária e trabalhamos fortemente na renegociação com prestadores. Esses aumentos, em grande parte, refletem a retomada pós-pandemia e a ampliação de coberturas, mas estamos atentos ao impacto. A cada novo ciclo, revisamos as projeções e adotamos medidas proativas para preservar o equilíbrio atuarial dos planos.

13 – Como a SIM está se preparando para enfrentar cenários de risco ampliado, como pandemias, considerando que mais de 55% dos beneficiários do Novo SIM Saúde têm 59 anos ou mais?

Alfeu Luiz Abreu: A SIM tem adotado uma estratégia estruturada de prevenção e resiliência. Nossa proposta é constituir uma reserva livre adicional, como um “colchão de segurança”, correspondente a entre 8% e 12% das despesas assistenciais anuais, que nos permita atravessar crises sanitárias como pandemias sem comprometer a assistência nem recorrer a reajustes emergenciais. Para que essa constituição não onere os beneficiários, estamos trabalhando na eficiência da gestão assistencial, no combate ao desperdício e no fortalecimento da Atenção Primária.

Também contamos com a participação dos beneficiários: uso consciente do plano, adesão a programas de prevenção e promoção da saúde, e participação ativa nos canais institucionais. Com corresponsabilidade, é possível manter a solvência e garantir um cuidado de qualidade.

14 – Quais instrumentos a SIM vem utilizando para garantir aderência às exigências regulatórias e confiança dos auditores independentes e da ANS?

Alfeu Luiz Abreu: Investimos na qualidade dos dados, na transparência dos processos e em consultorias técnicas de excelência. Cumprimos integralmente a RN nº 518/2022, mesmo sendo uma operadora de pequeno porte, e validamos nossos relatórios com auditoria independente. Isso fortalece nossa reputação institucional e assegura previsibilidade para o futuro.

Mensagem final

15 – Que mensagem o senhor deixa para os conselheiros, patrocinadoras, colaboradores e beneficiários sobre a relevância desses marcos institucionais conquistados pela SIM?

Alfeu Luiz Abreu: A SIM é construída diariamente por pessoas comprometidas com um propósito que vai além do presente. Cada ação, cada decisão, cada cuidado não se limita ao agora — aponta para o futuro. Por isso, agradecemos a todos os colaboradores, gestores, Conselhos e Patrocinadoras que entendem que planejar, propor e agir com responsabilidade hoje é o que garantirá a existência e a relevância da SIM amanhã.

Criar mecanismos, instrumentos e alianças sustentáveis é mais do que necessário — é urgente. Seguimos juntos, confiantes de que o futuro será fruto daquilo que, com coragem e unidade, estamos construindo agora.

Lembrando sempre que: “Um nada faz. É o conjunto que opera (realiza).”

 

ASSUNTOS RELACIONADOS