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Reajuste de 6,51% e os pilares de uma gestão técnica, integrada e com propósito, confira a entrevista com o Diretor Executivo da SIM

Na entrevista a seguir, o Diretor Executivo da SIM, Alfeu Luiz Abreu, detalha os pilares dessa conquista: a atuação estratégica dos Conselhos, o compromisso dos colaboradores, a governança compartilhada e a opção consciente de priorizar o beneficiário, mesmo quando os números poderiam sugerir um caminho diferente.

Uma conversa sobre números, mas, acima de tudo, sobre pessoas, decisões responsáveis e futuro sustentável.

1. Diretor Alfeu, o setor de saúde suplementar enfrenta pressões crescentes de custo. Como a SIM conseguiu limitar o reajuste a apenas 6,51%, menos da metade do mercado?

Essa conquista é fruto de uma transformação institucional profunda, iniciada em 2021. Fomos além dos ajustes administrativos: reinventamos a SIM. O Conselho Deliberativo teve papel central ao compreender, desde o início, a urgência de medidas estruturantes com visão de longo prazo. Com esse apoio, implementamos ações técnicas consistentes: combate às fraudes, renegociação de contratos, fortalecimento da Atenção Primária, programas de cuidado a crônicos e controle rigoroso dos custos assistenciais.

Mas nada disso teria sido possível sem o envolvimento de um time altamente comprometido — conselhos, diretoria, gerentes e colaboradores. Essa não foi apenas uma escolha técnica; foi o resultado de um processo coletivo, responsável e guiado por propósito.

2. A Avaliação Atuarial recomendava um reajuste de 9,3%. Por que a SIM decidiu aplicar um índice menor?

Porque colocamos os beneficiários no centro das decisões. Mesmo diante de um cálculo técnico que justificava 9,3%, decidimos, com o respaldo dos Conselhos, reduzir esse impacto. Abrimos mão de parte da receita financeira para garantir mais equilíbrio e menos peso no orçamento das famílias, especialmente dos aposentados. Essa escolha só foi viável porque temos uma governança sólida e atuante, que combina excelência técnica com empatia e senso de responsabilidade.

3. Qual é o papel do Conselho Deliberativo na condução estratégica da SIM?

O Conselho Deliberativo é o alicerce das decisões institucionais da SIM. Vai muito além da aprovação de políticas: orienta, fiscaliza, cobra resultados e impulsiona a gestão a buscar níveis cada vez mais altos de excelência. Em cada reunião, os conselheiros demonstram profundo comprometimento com os valores da entidade e, especialmente, com o equilíbrio entre qualidade do atendimento e sustentabilidade financeira.

Um destaque especial vai para os conselheiros eleitos diretamente pelos beneficiários. Desde sua primeira eleição, têm atuado de forma incansável, muitas vezes em regime quase integral, defendendo melhorias na qualidade dos serviços de saúde, buscando indicadores mais eficientes e, principalmente, contribuindo com propostas concretas para a redução de custos. Eles sabem que otimizar os serviços impacta diretamente nos reajustes das mensalidades e advogam com firmeza por esse equilíbrio. Sua atuação tem sido essencial para garantir avanços sustentáveis e justos para todos.

4. E o Conselho Fiscal? Como ele tem contribuído nesse processo?

De forma absolutamente técnica e rigorosa. O Conselho Fiscal acompanha mensalmente os indicadores financeiros, antecipa riscos e garante que cada decisão seja sustentada por dados precisos. Sua atuação agrega valor à transparência e fortalece a solidez da SIM. Num cenário tão instável quanto o da saúde suplementar, contar com um órgão fiscalizador competente e ativo é uma fortaleza — e temos esse privilégio.

5. Que papel os gerentes e o corpo funcional desempenham nessa trajetória?

São protagonistas dessa virada. Os gerentes atuam com dedicação total à missão da SIM, conduzindo equipes e processos com foco, agilidade e senso estratégico. Já os colaboradores representam a essência do cuidado: encaram os desafios com profissionalismo, empatia e consciência da responsabilidade que carregam ao atender milhares de beneficiários — muitos em momentos delicados, com urgência por cuidado. Cada colaborador sabe que sua tarefa tem impacto real na vida de uma pessoa ou de uma família. Isso cria uma cultura de comprometimento coletivo que nos diferencia.

6. A UGE-BB tem sido mencionada como parceira essencial. Qual é o papel dela na governança da SIM?

Crucial. A UPE-BB não apenas acompanha, mas participa ativamente da governança da SIM – “ponto que não abrimos mão”. Seu corpo técnico tem contribuído de forma sistemática, com profundidade, consistência e compromisso com a excelência. O apoio mensal da UPE-BB nos ajuda a refinar processos, aperfeiçoar decisões e fortalecer ainda mais nossa governança. A presença deles nos dá segurança institucional e amplia nossa capacidade de entregar resultados consistentes e duradouros. São parte fundamental dessa trajetória de sucesso.

7. Que mensagem o senhor deixa aos beneficiários diante de tudo isso?

Vocês são a razão de todas as nossas decisões. A confiança que nos depositam, o uso cada vez mais consciente do plano e o entendimento de que sustentabilidade se constrói em parceria nos permitem avançar com segurança. O reajuste de 6,51% não é apenas um número — é um símbolo de uma gestão séria, equilibrada e humana. A SIM está sólida, segura e preparada para o futuro. E continuará, como sempre, ao lado de cada beneficiário, cuidando com responsabilidade, proximidade e propósito. Seguimos juntos — sempre.

Comparativo com os maiores reajustes do país (2025):

(dados ANS / Folha de S. Paulo)

Operadora Reajuste médio aplicado
Amil 15,75%
Porto Seguro Saúde 15,08%
Bradesco Saúde 12,62%
SulAmérica 12,45%
Unimed Nacional 12,48%
Hapvida 11,61%
NotreDame Intermédica 10,76%
Reajuste médio do setor (ANS) 11,15%
SIM 6,51%


Fontes
:

Inflação médica pode levar a aumento de até 21,8% nos planos de saúde – https://cqcs.com.br/noticia/reajuste-medio-dos-planos-de-saude-coletivos-e-de-1115-veja-aumento-das-principais-operadoras/

Reajustes médios dos planos de saúde coletivos é de até 11,5% – https://cqcs.com.br/noticia/reajuste-medio-dos-planos-de-saude-coletivos-e-de-1115-veja-aumento-das-principais-operadoras/

 

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