Em reunião estratégica realizada na sede da Federação dos Bancários de Santa Catarina (FEEB/SC), na última sexta-feira, 5 de setembro, a SIM e a FUSESC quebraram um silêncio de 17 anos ao exporem com clareza suas posições sobre o futuro dos bancários egressos do ex-BESC.
O Diretor Executivo da SIM, Alfeu Luiz de Abreu, agradeceu ao Presidente da FEEB/SC, Armando Machado Filho, pela visão democrática de incluir a FUSESC e a SIM no debate. Reforçou que só chegamos até aqui graças à trajetória de sindicatos fortes e à luta incansável dos colegas aposentados, que, principalmente nos anos 70 e 80, enfrentaram os momentos mais difíceis da história em defesa dos direitos da categoria.
Em sua fala, Abreu alertou para o risco de quebra da solidariedade, já que a proposta atual abrange apenas 39% dos beneficiários, deixando de fora 61%. Defendeu, como alternativa, a busca pela isonomia de direitos: que os egressos tenham os mesmos direitos dos colegas do Banco do Brasil, preservando cada entidade em sua origem e sem a imposição de transferência compulsória para uma única instituição – o que significaria retirar dos participantes o direito de escolha.
O Diretor destacou, ainda, a atuação da UGE-BB, especialmente durante a pandemia da COVID-19, período em que a SIM desembolsou mais de R$ 33 milhões em internações e UTIs para garantir atendimento a seus beneficiários. Nesse contexto, a parceria e a orientação da UGE-BB foram fundamentais para a recuperação do equilíbrio e da sustentabilidade da entidade.
Defesa da FUSESC
O Diretor Superintendente da FUSESC, Luiz Aurélio de Oliveira e o Conselheiro Jean Paulo Sonza, eleito pelos participantes, apresentaram uma defesa firme da Fundação, demonstrando que as melhorias no Plano Multifuturo I são viáveis, reforçando a confiança na sustentabilidade da FUSESC, bem como, preservando e respeitando as demais patrocinadoras.
Agradecimentos e convergência
Foi registrada homenagem a Davi Zaia, Presidente do Sindicato dos Bancários de SP/MS e secretário-geral da Contec, que deixou reuniões da mesa de negociações com o Banco do Brasil para ouvir as demandas da SIM e da FUSESC. O gesto foi enaltecido como exemplo de liderança sindical comprometida com o diálogo e a construção coletiva.
Gestão sólida
Abreu também apresentou a evolução da gestão da SIM desde 2021, após a mudança de custeio. Com o apoio das patrocinadoras, a entidade superou os desafios da pandemia e alcançou um patamar de estabilidade e solidez, fortalecendo sua capacidade de cuidar dos beneficiários.
Homenagem a Kaka
Por fim, prestou homenagem a Kleberson Luiz Isensee (Kaka), ex-Presidente do Conselho Deliberativo da entidade, lembrado pela coragem de conduzir a transição do modelo de custeio. Entre 2010 e 2021, a SIM registrou oito exercícios negativos em um total de doze. Sob a liderança de Kaka, houve a mudança do custeio por percentual sobre o salário para o custeio por faixa etária, o que permitiu que os exercícios seguintes passassem a ser superavitários. Esse ato de responsabilidade foi decisivo para garantir que os gestores seguintes pudessem estruturar, em bases sólidas, a sobrevivência da Caixa de Assistência.
Esse encontro histórico reforça a necessidade de que os movimentos sindicais escutem as instituições de previdência e saúde — FUSESC e SIM —, que representam a base viva dos bancários do ex-BESC (ativos e aposentados). Somente assim será possível avançar em soluções justas, solidárias e sustentáveis, preservando direitos e assegurando o futuro de todos.