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O enfrentamento da Aids

A AIDS, sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, surgiu silenciosamente no final dos anos 70 nos Estados Unidos, Haiti e África Central. Inicialmente não se compreendia suas causas ou formas de transmissão. No início da década de 80 porém, as pesquisas avançaram possibilitando que entendêssemos melhor como a doença era transmitida e descobrir seu causador: o Vírus da Imunodeficiência Humana ou, em sua sigla em inglês, HIV.

A AIDS é uma doença agressiva e de difícil tratamento, pois o vírus ataca diretamente os sistemas de defesa de nosso organismo, tornando-os menos eficientes. Isso facilita a infecção por outros agentes, assim como também o surgimento de outras doenças que se valem da fragilidade do sistema imunológico, como o câncer por exemplo. Hoje já existem tratamentos que amenizam os efeitos da AIDS, porém esta segue sem cura. Isso nos relembra a importância do uso da camisinha em todas as relações sexuais e o não compartilhamento de seringas e outros instrumentos de uso pessoal.

A terapia antirretroviral de alta atividade, conhecida por sua sigla em inglês HAART, é o principal tratamento contra a ação do HIV, possibilitando uma vida melhor aos que convivem com o vírus. Porém, ainda com uso da medicação, pessoas com HIV tendem a possuir uma menor capacidade cardiopulmonar, um menor percentual de tecido muscular e lipodistrofia, uma síndrome caracterizada principalmente por acúmulo de gordura central e perda de gordura nos membros e na face. Nesse sentido, a prática regular de exercícios físicos é altamente recomendada pois auxilia tanto no fortalecimento do sistema imunológico quanto na atenuação dos efeitos colaterais do tratamento da doença.

Além de seus efeitos positivos para o sistema imunológico, o exercício com pesos como a musculação, treinos com faixas elásticas e até com o peso do próprio corpo, são a melhor estratégia para a preservação e ganho de massa muscular, o que para a pessoa com HIV é duplamente importante, uma vez que possuir um bom percentual muscular otimiza a “queima” de gordura evitando seu acúmulo, auxiliando assim no enfrentamento da lipodistrofia. Os exercícios aeróbicos como caminhadas, corridas, natação, pedaladas etc. São fundamentais para a pessoa com HIV, para evitar a perda de capacidade cardiopulmonar.

Por isso é recomendado que as pessoas que lutam contra a AIDS permaneçam ativas, com uma rotina semanal de treinos com pesos por pelo menos três a quatro dias e mantendo uma rotina de atividades aeróbicas nos demais. Isso auxiliará tanto nos efeitos colaterais das medicações, quanto no fortalecimento do organismo para o enfrentamento da doença.

Jackson R. Ricardo – Profissional de Ed. Física – 025490-G/SC

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