Popularmente conhecida como varíola dos macacos. Não é uma doença nova: em alguns países da África, ela é endêmica, onde existem florestas tropicais e vivem os animais que podem portar o vírus causador. O surto internacional que começou em maio de 2022 levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declará-la uma emergência de saúde pública internacional.
O que é?
É uma doença causada pelo monkeypox, vírus da varíola dos macacos. É uma zoonose viral, o que significa que pode ser transmitida de animais para seres humanos. Também pode se propagar entre as pessoas.
Por que ela é chamada assim?
Porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos mantidas para pesquisa em 1958. Só mais tarde foi detectada em humanos, em 1970.
Como sei se fui infectado?
De forma geral, precisa aguardar ter algum sintoma para iniciar a investigação com exames. O intervalo desde a infecção até o início dos sintomas varia de 5 a 21 dias. Em caso de dúvidas, entrar em contato com sua equipe de saúde de referência.
O que a pessoa infectada sente?
Lesões na pele de uma ou mais partes do corpo (rosto, pernas, braços, tronco ou região genital) e que podem se espalhar para outras partes do corpo nos dias seguintes. As lesões lembram as da varicela (catapora), com a diferença de que estão todas no mesmo estágio de evolução. A pessoa pode ter também febre, presença de “íngua” pelo corpo, dor de cabeça, dor muscular, calafrios e fraqueza. Sintomas que duram de 2 a 4 semanas.
Preciso ficar em isolamento?
Pessoas com suspeita de MONKEYPOX devem cumprir isolamento domiciliar. No atendimento médico, será fornecido um atestado até vir o resultado dos exames. Após a reavaliação médica e dos resultados, se for confirmada MONKEYPOX, o período de isolamento deve durar até que todas as lesões estejam curadas.
Qual o tratamento?
Não existe tratamento específico. O tratamento é baseado no alívio de sintomas como dor e febre. A evolução é benigna.
Dicas de como se prevenir:
- Pode-se reduzir o risco limitando o contato com pessoas que estão sob suspeita ou que tem o diagnóstico confirmado.
- Lavar regularmente as mãos com água e sabão/álcool em gel 70%.
- Usar máscara ao precisar se aproximar fisicamente de alguém que tenha contraído a doença, a pessoa doente também deve utilizar uma máscara médica/cirúrgica, principalmente se tiver lesões na boca ou estiver tossindo.
- Evitar o contato pele a pele sempre que possível e usar luvas descartáveis se tiver qualquer contato direto com lesões.
- Lavar as roupas, toalhas, lençóis e utensílios de alimentação da pessoa infectada com água morna e detergente. E lembrar de usar máscaras ao fazer isso.
- Limpar e desinfetar todas as superfícies contaminadas e descartar os resíduos contaminados (curativos, por exemplo) de forma adequada.
Para mais informações acesse: https://www.paho.org/pt/variola-dos-macacos-perguntas-e-respostas
Enfermeira Carla Guedelha – Enfermeira dermatológica e de saúde da família – Coren/SC 524.790
Fonte: Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 03/2022.
https://www.paho.org/pt/variola-dos-macacos – Acesso em 27/07/2022.
https://www.cdc.gov/poxvirus/monkeypox/index.html – Acesso em 27/07/20022.