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Quando crescemos como pessoas, também impulsionamos nossa saúde e longevidade!

Seria possível acrescentar “mais vida aos nossos anos e anos à nossa vida” mesmo em um contexto em que mais parece que andamos em círculos e tentamos muitas vezes apenas sobreviver?
Nos dias atuais, tempos em que somos multitarefas, sobram ocupações e o tempo parece a nós um recurso cada vez mais escasso. É compreensível que busquemos soluções simples até para anseios mais complexos, como a preservação da saúde (cremes altamente tecnológicos, suplementos que prometem maravilhas e alimentos milagrosos). Entre trabalhar em tempo integral, ajudar familiares, oferecer atenção ao cônjuge, vida social, aparentemente há pouco espaço para pensar em programas de exercícios moderados a intensos, priorizar alimentos orgânicos, experimentar uma dieta cetogênica, preocupar-se em parar de comer glúten e assim por diante.

A escritora e jornalista científica Marta Zaraska aponta – em sua recente publicação intitulada “Growing Young” (Crescendo Jovem, em tradução livre) – que nossas vidas sociais e nossos hábitos mentais afetam diretamente nossa fisiologia e, portanto, nossos resultados em saúde. Amizade, otimismo e gentileza são apontados como impulsionadores suaves da saúde de potencial surpreendente! Enquanto o otimismo pode adicionar de quatro a dez anos ao tempo de vida, praticantes do voluntariado podem ter 29% menos risco de desenvolver a condição clínica de altas taxas de glicose no sangue, cerca de 17% menor risco de quadros inflamatórios diversos e, o melhor de tudo, passar 38% menos noites em hospitais do que pessoas que se esquivam de ações sociais.

Mas como será que temos vivido atualmente? Nossa rotina, nossas prioridades e planos… Pode ser que os esforços bem-intencionados que temos feito para a nossa saúde precisem ser repensados. Hábitos e comportamentos relacionais e sociais, aquilo que pode aumentar nosso potencial centenário saudável, é justamente o que costumamos sacrificar muitas vezes em nome da saúde.

A obsessão por medidas físicas e a extensa carga de tempo na cozinha ou na academia podem dar mais espaço às relações afetivas e sociais, proporcionando benefícios extraordinários de regulação das vias de estresse e geração de bem-estar.

Quando crescemos como pessoas, também impulsionamos nossa saúde e longevidade!

Everson Bertazo – Enfermeiro AIS – Coren/SC 134.791

Referência:
ZARASKA, Marta. Growing Young: How Friendship, Optimism and Kindness Can Help You Live to 100. 1. ed. London: Robinson, 2020.

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