Agosto é reconhecido como o Mês da Amamentação e a cor dourada foi escolhida em alusão ao reconhecimento do leite materno como um alimento padrão-ouro para a saúde da criança.
O aleitamento materno por si só é uma estratégia que impacta significativamente na redução da mortalidade infantil, bem como ajuda a desenvolver a imunidade, contribui para a saúde física, nutricional e emocional da criança e influencia fortemente o desenvolvimento humano para a vida toda.
Para a mulher, além de também proporcionar benefícios para a saúde física e emocional, a amamentação contribui para a prevenção de doenças (diabetes tipo 2 e câncer de mama, de ovário e de útero). A amamentação proporciona o contato da criança com a mãe, favorecendo o vínculo afetivo e estímulos dos sentidos, como visão, olfato, paladar e tato. Além disso, amamentar faz bem a toda sociedade e à natureza, inclusive porque reduz o impacto nos recursos naturais, por dispensar a produção de plásticos e demais resíduos sólidos.
Para que a amamentação tenha todos esses efeitos, as mais recentes recomendações da Organização Mundial da Saúde, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Ministério da Saúde reiteram que o aleitamento materno deve ser iniciado na primeira hora de vida da criança, sendo exclusivo (sem a oferta de qualquer outro líquido – inclusive água, ou alimento) até os seis meses de vida e mantido até os dois anos de idade ou mais.
Contudo, muitas são as influências vividas pela mulher, pela criança e pela família que interferem nas decisões de amamentação, que vão desde as condições de trabalho e renda até a publicidade que influencia no desmame precoce. Nos primeiros anos de vida, é essencial que haja uma rede de apoio familiar e social para reconhecer as necessidades da mulher que amamenta e as de sua família e protegê-las. Nesse sentido, toda a sociedade precisa participar da implementação de práticas que promovam o aleitamento materno desde o apoio a políticas públicas de proteção à amamentação até a oferta de ajuda prática quando perceber que uma mulher que amamenta e sua família precisam de apoio.
Atenção: em caso de contraindicação à amamentação ou de não manutenção da amamentação exclusiva até os 6 meses de vida da criança, consulte um profissional de saúde para receber as orientações adequadas.
Mirela Christmann – Nutricionista CRN10 6619
Fontes:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primaria à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 265 p. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_da_crianca_2019.pdf. Acesso em: 8 jun. 2021.
INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE PERNAMBUCO (IMIP). Agosto Dourado 2020 destaca impacto da alimentação infantil no meio ambiente. Disponível em: http://www1.imip.org.br/imip/noticias/agosto-dourado-2020-destaca-impacto-da-alimentacao-infantil-no-meio-ambiente.html. Acesso em: 27 jul. 2021.
VENANCIO, S. I. et al. Amamenta e alimenta Brasil: Recomendações baseadas no Guia Alimentar para crianças