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Dengue: aumento de casos preocupa saúde pública

O que é a dengue?

É uma doença febril que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos. O vírus da dengue (DENV) possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4).

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas com idade mais avançada e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

No município de Florianópolis, foram confirmados 283 casos de dengue desde o início do ano.

Os bairros com maior número de focos do Aedes aegypti no município foram: Canasvieiras, Trindade e Capivari.

 Como é a transmissão?

O mosquito transmissor da dengue é o Aedes aegypti. É facilmente reconhecido pelo tamanho pequeno, cor geral marrom médio, apresentando uma nítida faixa curva, branco-prateada de cada lado do tórax e outra mais fina, reta, longitudinal, central, as quais formam a figura de uma lira.

A transmissão ao humano se dá por via vetorial, pela picada do mosquito fêmea infectada pelo vírus, que se infecta previamente picando pessoas doentes.

O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença.

Quais os sintomas da dengue?

  • Dor de cabeça e náuseas
  • Dor por trás dos olhos
  • Manchas vermelhas na pele
  • Dor nas juntas (articulações)
  • Febre
  • Dor no corpo

Qual o tratamento?

Não existe tratamento específico para dengue. O tratamento é feito para aliviar os sintomas e evitar complicações. Quando você apresentar algum dos sintomas suspeitos (principalmente se esteve, nos últimos 14 dias, numa cidade com presença de Aedes aegypti ou com transmissão da dengue), é importante procurar o serviço de saúde mais próximo, fazer repouso e ingerir bastante líquido.

Importante não tomar medicamentos por conta própria, vários medicamentos de uso comum, como anti-inflamatórios ou remédios que contenham ácido acetil salicílico (AAS), podem agravar o quadro.

Clique aqui para baixar o checklist para evitar criadouros do mosquito.

Como evitar a dengue?

A única maneira de evitar a dengue é não deixar o mosquito nascer. Para isso, qualquer recipiente descartado de forma inadequada com água parada já serve de criadouro do Aedis aegypti.

Em nosso país, este mosquito tem como criadouros preferenciais os mais variados recipientes de água domiciliares e peridomiciliares: pneus sem uso, latas, garrafas, pratos com vasos, caixas d’água descobertas, piscinas sem uso, ralos desativados, calhas, lages, bromélias, ocos de árvores, etc.

O ciclo do mosquito acontece em aproximadamente sete dias. Por isso, é tão importante analisar semanalmente sua casa, seu quintal e seu ambiente de trabalho. E, é importante evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.

Observe o ambiente que você vive. Eliminar os possíveis criadouros do mosquito ainda é a melhor estratégia!

De igual forma, recomenda-se as seguintes medidas de proteção individual:

  • Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas;
  • Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. Deve ser observada a existência de registro em órgão competente. Repelentes de insetos contendo DEET, IR3535 ou Icaridina são seguros para uso durante a gravidez, quando usados de acordo com as instruções do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia;
  • A utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.

Vale lembrar que o Aedes aegypti é transmissor não apenas do vírus da dengue, mas também da febre de chikungunya, febre amarela e zika vírus. 

 Denuncie! Caso encontre uma situação que necessite ser verificada, entre em contato com a Secretaria de Saúde do município.

Fique ligado! Vacine-se contra a febre amarela e mantenha seu ambiente doméstico e de trabalho livres de água parada!

Fonte:

Ministério da Saúde (Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue. Acesso em 22/03/2023)

DIVE (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina. Disponível em https://dive.sc.gov.br/index.php/dengue. Acesso em 22/03/2023).

UFSC (Disponível em https://evitedengue.ufsc.br/. Acesso em 22/03/2023).

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