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Como abordar o problema do abuso do álcool?

A força cultural da cerveja no Brasil

No Brasil, grande parte da população já fez uso ou faz uso regular de cerveja. Por isso, a bebida é considerada uma das paixões nacionais, assim como o futebol. Inclusive, a cerveja ganha espaço relevante na publicidade brasileira. Essa força cultural da bebida pode ser considerada como um facilitador para o consumo abusivo de álcool no país. Dessa maneira, pesquisas evidenciam que cerca de 21% a 24% dos homens no Brasil apresentam consumo abusivo de álcool.

Os problemas de saúde causados pelo consumo abusivo do álcool

O consumo abusivo de álcool está associado a altos custos para o sistema de saúde, mortalidade por múltiplas doenças e até mesmo causas violentas. Entretanto, o impacto da bebida alcoólica na saúde pode não ser evidente para os consumidores, que tendem a minimizar os seus riscos. O etilista pode sofrer com pressão alta, dor no estômago ou com brigas na família, mas não reconhecer que estes são problemas associados ao seu consumo exacerbado de álcool.

Triagem e abordagem do usuário de álcool

Em um ambiente de Atenção Primária à Saúde, é importante que os profissionais de saúde detectem os usuários de álcool em risco através de instrumentos de triagem, como os questionários CAGE ou AUDIT. Ao reconhecer os pacientes de maior risco, recomenda-se adotar a técnica da intervenção breve, evitando um comportamento confrontador e demonstrando empatia, a fim de estimular a reflexão e aconselhar de acordo com o estágio de motivação de cada indivíduo. Vamos tratar o problema do abuso de álcool com a seriedade que ele merece.

Fonte: Garcia Leila Posenato, Freitas Lúcia Rolim Santana de. Consumo abusivo de álcool no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde. 2015; 24( 2 ): 227-237.

Henry R. Kranzler; Michael Soyka. Diagnosis and Pharmacotherapy of Alcohol Use Disorder A Review. JAMA. 2018;320(8):815-824.

Intervenção Breve: módulo 4. 9. ed. – Brasília: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2016.

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